Administrador deve liderar pensando em clima organizacional e engajamento

de Juliane Yamaoka em 26 de dezembro de 2017
Juliane Yamaoka, gerente da Efix

Juliane Yamaoka, gerente da Efix

Neste ano, a consultoria Gallup divulgou uma pesquisa com duas constatações: funcionários altamente engajados aumentam a satisfação do cliente, gerando volume 20% maior de vendas; e colaboradores engajados apresentam desempenho 147% melhor, mas apenas 13% dos funcionários estão realmente engajados.

Mediante esses números, deparamo-nos com um grande dilema sobre quem comanda as equipes dentro das empresas: o comando é do administrador ou do setor de RH da organização?

A verdade é que a responsabilidade é de ambos, mas o papel do administrador vem se tornando cada vez mais relevante. Já passou da hora deste profissional aderir ao conceito de clima organizacional. Ou seja, ele deve ter uma visão geral de como a percepção dos empregados ajuda a identificar os pontos positivos e negativos da empresa. Consequentemente, é possível buscar o aperfeiçoamento da gestão para aumentar o engajamento e, por fim, aumentar a produtividade e a rentabilidade da empresa.

Até pouco tempo atrás, o clima organizacional e o engajamento faziam-se valer apenas no setor de RH, mas os tempos mudaram e esse pensamento virou passado. O administrador deve estar cada vez mais envolvido com as pessoas da empresa, não deve se limitar aos processos de negócio, pois, sem pessoas motivadas e capacitadas, não existe o negócio.

O primeiro passo para o envolvimento do administrador é alinhar-se com o setor de RH para integrar a gestão empresarial com a gestão humana. Isso não significa que o departamento vai perder importância ou autoridade dentro da empresa, mas que haverá uma transição no seu perfil: a execução de processos de RH vai dar lugar ao desenvolvimento de novos procedimentos para, depois, tornar-se mais estratégica com a participação ativa do administrador.

O segundo e mais importante passo é saber “olhar” a equipe sob o ponto de vista humano. Com isso, dá-se início a um processo de interação com a equipe para dar e receber mais confiança, saber ser democrático no modo de tratar (independentemente de hierarquia, cargo, experiência na carreira ou tempo dentro da empresa, entre outros aspectos) e, fundamentalmente, saber lidar com diversos perfis de comportamento profissional.

É claro que, nesse cenário, o administrador vai se deparar com situações conflitantes para si (relacionamento de um profissional diretamente com ele) ou para a empresa como um todo (algo que possa impactar no sistema administrativo). Mas isso não é motivo para desespero, pois a “humanização” no tratamento com a equipe acaba facilitando a resolução de problemas ou, quem sabe, evitar que estes problemas venham a acontecer.

Depois de aderir ao conceito de clima organizacional e melhorar os índices de engajamento do profissional (a partir do momento que ele nota um plano de carreira para o crescimento no trabalho e um interesse genuíno em mantê-lo satisfeito), a tendência é que o negócio tenha ainda mais sucesso, prosperidade e passe a ser referência de mercado tanto nos negócios quanto na gestão de pessoas.

Afinal de contas, são essas pessoas que fazem a empresa “andar”.

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