Em princípio pode parecer um pouco esotérico, especialmente para quem não tem familiaridade com o conceito, mas a constelação organizacional é uma ferramenta interessante para tratar temas como definições estratégicas e também revelar situações desconhecidas e invisíveis no dia a dia.
Segundo José Luiz Weiss, sócio da Corall Consultoria, a constelação organizacional é aplicada há cerca de 20 anos no Brasil. Ele explicou que essas situações ocultas e desconhecidas são reveladas em uma dinâmica de grupo na qual a partir de uma questão levantada pela gestão, são escolhidas algumas pessoas para representar elementos do sistema, observando a forma como elas interagem entre si.
Ana Lucia Caltabiano, vice-presidente de RH para a América Latina da GE, que dividiu o palco com José Luiz, revelou que a metodologia é interessante “porque não agride nem polariza, ela humaniza e permite às pessoas se expressarem sobre seu momento, bem como não traz uma sensação de imediatismo. As pessoas têm claro que é um processo contínuo”.
A executiva ainda destacou que a aplicação da constelação organizacional deve ser discutida com o gestor para obter melhores resultados. Ana Lúcia comentou ainda que inicialmente houve estranheza quando a área de RH decidiu aplicar a constelação em seu dia a dia. “Não é natural para o líder de negócio escutar esse termo, mas é importante apresentar o resultado que ele proporciona”.
E um dos primeiros resultados da evolução do modelo de gestão de RH na GE foi a mudança na periodicidade do processo de avaliação de desempenho que não é mais anual, mas contínuo e com menor periodicidade.