A execução como parte

de Redação em 7 de fevereiro de 2017

É preciso arriscar e agir com foco no valor da empresa
em busca de um processo inovador

JCTM-310Por trás da inovação está o fazer. Não o fazer pelo fazer, mas ações que carreguem consigo um propósito. Contudo, inovar significa trilhar um caminho rumo ao desconhecido. E, hoje, o que mais se vê é justamente o receio de arriscar e errar.

Empresas cujos líderes buscam resultados admiráveis sabem que é preciso arriscar e agir com foco no que realmente tem valor. Esses líderes procuram desenvolver em seus colaboradores o entusiamo, a segurança e a autonomia necessários para que atuem na direção de uma aspiração comum. Vontade e risco são quesitos básicos nas tentativas de inovar, assim como o erro é uma possibilidade.

Nossa experiência tem nos mostrado que o caminho oposto à “fazeção” das tarefas cotidianas é o da reflexão e análise das lideranças sobre a capacidade de realização de seus colaboradores e, a partir daí, o da promoção de um círculo virtuoso do fazer. A busca pelo significado e pelas condições que levarão as pessoas a quererem fazer algo que possa ser único deve estar entre os princípios da organização.

Na materialização do inédito e especial estão a arte e a ciência do fazer, que, por sua vez, estão ancoradas na combinação de elementos como técnica, autonomia, verdade, ética e estética – elementos que geram entusiasmo, paixão e levam ao engajamento e à mobilização. Líderes inspiradores sabem disso e combinam elementos mais e menos sensíveis para inspirar e motivar ações que transformam e mudam para melhor o que está em volta.

Embora o querer fazer seja algo pertinente às pessoas, estas precisam estar de bem com a vida para querer realizar algo admirável, e a empresa pode ser um espaço de resgate do bem-estar, desde que os líderes interfiram de maneira consequente. A maioria das organizações age pela necessidade e esquece-se de outros dois pilares igualmente importantes para a construção de resultados diferenciados: o propósito e a transformação.

Em posse da vontade, o desdobramento natural é poder fazer. As condições para isso são suportadas por outras três bases importantes: conhecimento, autonomia e, claro, o conjunto de normas da empresa que define o limite do permissível. Chegamos, então, à última exigência para uma ação admirável: saber fazer. Servindo de alicerce a essa condição estão o tempo, a experiência e o conhecimento. Isso porque, dependendo dos desafios, há aqueles que “sabem que não sabem fazer”, “não sabem que sabem fazer”, “não sabem que não sabem fazer” e “sabem que sabem fazer”.

Nesse caso, também é necessária a percepção de líderes inspiradores, pois o sucesso dessas ações depende do entendimento claro do líder sobre as características e sonhos de realização dos colaboradores. De acordo com a ocasião, ele deve definir os papéis de forma profissional de modo a obter o melhor desempenho de cada um. Estando as pessoas comprometidas com o mesmo propósito e de posse das condições para fazer sem medo de errar, é possível que o admirável surja.

* Jose Carlos Teixeira Moreira é presidente da Escola de Marketing Industrial e da consultoria JCTM, especializada em MKT.

Compartilhe nas redes sociais!

Enviar por e-mail