Impactos no C-level

de Redação em 14 de dezembro de 2016

luiz-valente_2A crise econômica ocasionou a redução de profissionais de todos os níveis hierárquicos, inclusive os executivos C-Level. “Isso acontece não apenas porque multinacionais deixaram de investir no Brasil e saíram do país, mas principalmente por conta do enxugamento das estruturas atuais”, afirma Luiz Valente, diretor da Talenses. Segundo ele, muitas organizações fizeram otimizações de suas estruturas. Ou seja: algumas famílias de produtos ou serviços deixaram de existir e a própria gestão tornou-se desnecessária.

Valente explica também que a estrutura hierarquizada, com muitos níveis de controle, oferece custo elevado, conceito contrário às ações para combater a crise. Além disso, essa estrutura promove o distanciamento entre os executivos que estão no topo da pirâmide e o restante, o que pode ocasionar decisões equivocadas. “Hoje, as empresas buscam mais autonomia e gestões mais eficientes. Para isso, é necessária uma estrutura mais horizontal”, afirma.

Recolocação
Neste ano, a maioria das contratações C-Level aconteceu em substituições de executivos. No entanto, Rodrigo Vianna, diretor da Talenses, percebe que novas cadeiras, antes menos frequentes, já começam a surgir, principalmente para o próximo ano. Segundo ele, os setores mais aquecidos são: consumo não duráveis; cosméticos; bens essenciais; tecnologia; agronegócios; compliance; marketing digital; recursos humanos; e engenharia.

No entanto, ele salienta que em muitos casos as remunerações serão menores que as oferecidas antes de 2015. “O retrato do mercado de trabalho para 2017 está relacionado às estruturas mais achatadas. Diretores vão se recolocar com remunerações menos agressivas e isso não é demérito”, informa Vianna. De acordo com o especialista, é preciso que o executivo se adapte a essa nova realidade e faça mais com menos.

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