O maior vuco-vuco no RH

de Ana Paula Neves em 7 de agosto de 2017

A primeira vez que ouvi o termo VUCA, sinceramente achei que era um diminutivo de “vuco-vuco”, expressão que na linguagem popular, equivaleria a: fuzuê, fuzaca, rebuliço, rebu, furdunço, banzé, bafafá, auê, quiprocó, deus-nos-acuda, salve-se-quem-puder.

Bom, atirei no que vi e acertei no que não vi. Na realidade a noção de VUCA foi introduzida na década de 90 pelo US Army War College para descrever um mundo mais volátil, incerto, complexo e ambíguo que resultou do fim da Guerra Fria. Depois foi adotado nas esferas corporativas, para tentar descrever cenários em ambientes de mudança cada vez mais veloz.

Fazendo um fast-foward para os dias de hoje, o conceito sem duvida define bem o nosso novo “normal”. Crises, expansão da tecnologia, proliferação do mobile, uso das mídias sociais, robotização, varias gerações trabalhando juntas, escassez de recursos naturais, crescimento do extremismo politico e religioso, entre varias outras e aceleradas transformações, fizeram desse nosso mundo um verdadeiro “vuco-vuco”.

E se não esta fácil para ninguém, imagina para o coitado do profissional de RH que lida com o mais importante e volátil capital, o humano. As mudanças não só estão mais rápidas, mas também mais disrruptivas. E como mar calmo nunca fez bom marinheiro, acho que está nascendo um novo profissional de RH nesse cenário, onde destaco três principais papeis:

  1. RH Navegador:  com a profusão de dados disponíveis, em tempo real, saber conectar os pontos, analisar números, identificar padrões, fazer as perguntas certas e rapidamente definir um norte para times e organizações nunca foi tao importante.
  2. RH Polvo: assumir outros processos fora de RH, como TI, sustentabilidade, centros de serviços, projetos e comunicação institucional ou mesmo passar mais tempo em contato com os clientes da empresa, são características desse novo profissional que vem expandindo seu perímetro tradicional, importantes para conduzir grandes transformações.
  3. RH CEO: em ambientes voláteis, incertos e ambíguos,  ninguém melhor que o profissional especialista em gerenciar crises, conduzir mudanças, montar, mobilizar e engajar times para ser o capitão do navio. Mais RHs assumem, ambicionam ou são preparados para o cargo principal das organizações.

Quanto mais falamos desse presente e futuro incerto, mas tenho certeza que o papel do RH vai mudar e evoluir sim, como todo o mundo, mas sera cada vez mais fundamental para ajudar pessoas e organizações a terem sucesso nesse “furdunço”.

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