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de Redação em 1 de outubro de 2015

De acordo com a edição do ano passado da Pesquisa dos Profissionais Brasileiros da Catho, que traça um panorama sobre contratação, demissão e carreira dos profissionais do país, 90,3% dos brasileiros afirmaram ter dedicado tempo ao aumento de seu conhecimento, seja investindo em graduação, curso de idiomas, ou até mesmo cursos técnicos e especializações.

O estudo, feito com 26.459 respondentes de todo o Brasil, mostrou que, quando o assunto é a quantidade de horas dedicadas à atualização e ao aprimoramento, a média de tempo sofreu um aumento com relação a 2013: naquele ano, o brasileiro dedicava, em média, três horas por semana para atualizar e aprimorar seus conhecimentos, já em 2014 esse número subiu para 3,7 horas por semana.

A pesquisa revelou também que 51,1% dos entrevistados estavam matriculados em algum curso, sendo que a maior parte (37,4%) investia tempo em uma graduação. Cursos de idiomas, com 27,6%, e técnicos, com 12,1% das respostas, completaram o TOP 3 dos cursos mais escolhidos para atualização e aprimoramento do conhecimento.

“O aprimoramento profissional é cada vez mais importante em um mercado altamente competitivo. Os cursos de graduação, idiomas e especializações são elementos que completam e evidenciam os profissionais, além de serem excelentes meios de networking”, explica Luís Testa, head de Pesquisa e Estratégia da Catho.Um levantamento do British Council, também de 2014, chamado Demandas de Aprendizagem de Inglês no Brasil, elaborado com exclusividade para a organização pelo Instituto de Pesquisa Data Popular, mostrou que no Brasil 5,1% da população de 16 anos ou mais afirmava possuir algum conhecimento de língua inglesa. Especialistas, professores e até mesmo o governo reconheciam que o ensino de inglês na educação básica, privada ou pública, não consegue formar estudantes com um bom nível de proficiência.

Ainda de acordo com o levantamento, o domínio de uma língua estrangeira aparece entre as principais competências profissionais mais valorizadas pelas empresas. Para 50% dos gestores de RH de países como Brasil, Colômbia e México, o domínio do inglês é uma ferramenta importante para a ascensão de seus colaboradores. O estudo também aponta que 66% acreditam que o domínio do idioma é relevante para relacionar-se com contatos no exterior.

No entanto, apesar da importância de falar em outro idioma, a pesquisa traz dados sobre os principais motivos que ajudam ou fazem com que uma pessoa interrompa um curso. O item mais citado como primeira razão para deixar de lado as aulas é a falta de tempo, primeira menção para 37% das pessoas que responderam à pesquisa. No total de menções, esse motivo soma quase metade das respostas (48%). E qual a razão para que uma pessoa não faça um curso? A principal razão, mais citada em primeiro lugar, é a falta de tempo (72% no total de todas as menções).

Para driblar esse empecilho, muitas empresas recorrem ao ensino de idiomas in company. No entanto, em um ano de redução de custos, será que o investimento nessa modalidade ainda se mantém? Para responder a essa questão, MELHOR ouviu as principais empresas desse segmento.

 

Aposta na capacitação 
“A princípio, a redução de investimentos se deu no número de colaboradores de nossos clientes. Algumas empresas deixaram de investir em políticas de treinamento e idiomas, no entanto, nosso modelo de negócios a custo zero para as empresas tem tido muita procura. Nos casos em que encontramos uma diminuição no investimento em políticas de idiomas, o Yázigi tem facilitado a vida das empresas oferecendo nossa política de idiomas a custo zero para elas. É muito importante que as empresas dediquem horas de capacitação para seus colaboradores, e o Yázigi já o faz há décadas com suas equipes de professores e profissionais. Estamos levando um modelo de negócios que ajuda a capacitar os colaboradores de nossos clientes, preparando-os para o mercado mundial, sempre com treinamentos e aulas de Business English In Company e em nossas unidades, principalmente em São Paulo e Grande São Paulo. “

Jorge Eduardo de La Jara Raygada, Sales & Business do Yázigi

 

Colaborador valorizado 
“Muitas das empresas que se interessam pela capacitação de idiomas in company são multinacionais. Elas têm orçamento em dólares e com a alta da moeda, o orçamento aumenta consequentemente. Então a crise se fez oportunidade para nós; tivemos recorde de vendas este último mês. Há uma frase que diz “Você acredita que é caro treinar seu colaborador? Experimente não treiná-lo para ver quão caro pode ser para a sua empresa”. Ter colaboradores treinados tem várias vantagens, começando por uma mão de obra mais bem qualificada, passando pelo benefício que o colaborador tem quando é treinado e como ele reflete sobre esse benefício, quando recebe uma proposta de trabalho, e finalmente, a percepção também desse colaborador sobre como a empresa o vê.”

Renata Montenegro de Menezes, Corporate Sales Manager da Wall Street

 

Hora de oportunidades  
“O Brasil já passou por muitas crises. A atual é mais uma delas. Mas, ​pela primeira, atravessamos um período de retração econômica geral sem redução de investimentos por parte de nossos clientes. Ao contrário: tivemos um crescimento no faturamento, mesmo que modesto, de 5%.  Vejo como principal razão o fato de as empresas terem amadurecido. Os tomadores de decisões passaram a enxergar mais claramente que o treinamento de idiomas é um investimento de longo prazo, de 5 a 10 anos em razão do turnover, e que não se pode abrir mão dele sob o risco de comprometer os negócios no futuro. A ​ redução ou interrupção do investimento em treinamento de idiomas não só compromete os recursos já alocados no passado para esse fim, ​tendo em mente tratar-se de um processo de longo prazo, ​mas também reflete muito negativamente no ambiente de trabalho.​ Fora isso, é relativamente ​menos oneroso que outros benefícios comumente oferecidos pelas empresas a seus funcionários, gerando dividendos diretos, devido à melhor qualificação da equipe, e indiretos, por meio de uma política de valorização dos recursos humanos.”

Lúcio Sardinha, CEO da Up Language Consultants

 

Readaptação  
“No atual cenário econômico, houve redução de investimentos em cursos de idiomas in company por parte dos clientes. Nossa estratégia é resignação e adaptação à realidade econômica. Por exemplo, há um grande cliente corporativo que, dada a queda prevista e real de vendas no varejo, a matriz pede para cortar treinamento com uma receita menor. Se a capacitação estiver diretamente ligada à receita, creio que empresas de porte, como nossos clientes, não deixarão de investir em seus líderes.”

Marcelo Teixeira, diretor de cursos e projetos corporativos da Manhattan Village

 

Inglês a distância 
“No atual cenário econômico, também tivemos redução de investimentos nos cursos. Para este ano, nossas estratégias são os cursos blended: 50% on-line e 50% presencial, que são mais em conta que os cursos 100% presenciais e já provamos que são tão efetivos quanto os presenciais. Além de darem maior flexibilidade para os colaboradores, pois têm só um dia na agenda fixa. A aula on-line ele faz quando quiser, contanto que seja antes da próxima aula presencial.  Já temos um produto testado e aprovado e em uso há 2 anos. Aprender um idioma é um processo de vários anos e, se a empresa reduz investimentos agora, quando a economia voltar a se aquecer, não terá a equipe capacitada e perderá o timing. Especialmente agora, com o real desvalorizado e o mercado exportador mais competitivo, não perder negócios por colaboradores não falarem inglês é essencial.”

Thiago Simas, coordenador de marketing da Seven Idiomas

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