Gestão

Pegadas ecológicas no mundo corporativo

de Redação em 26 de agosto de 2015

Empresas preocupadas com o futuro do planeta estão em busca de sua pegada ecológica na história do mundo corporativo. A Basf, gigante da indústria química, é um exemplo disso. A companhia, por meio do seu programa Nós transformamos a química, vem mudando a química para oferecer soluções inovadoras e sustentáveis.

Desde 2002, a empresa estabeleceu metas ambientais de redução em longo prazo do consumo de água, efluentes e emissões. O objetivo é reduzir as emissões de gases de efeito estufa por tonelada de produto de vendas em 40% até 2020 – nessa conta são somadas as emissões das fábricas da Basf e de toda a sua cadeia produtiva. A companhia quer também diminuir as emissões absolutas de gases poluentes das fábricas em todo o mundo em 70% e melhorar a eficiência energética em 35%.

Responsabilidade

Outra companhia alemã da indústria química, a Evonik Industries, criada em 2007, também segue os passos ecológicos da irmã mais velha. “Ao trabalhar consistentemente na redução de suas emissões específicas de gases do efeito estufa, dentre outras providências, a empresa faz uma contribuição para a proteção climática”, diz o relatório de sustentabilidade da companhia, que tem uma filial em Campinas (SP).

Cuidado com o futuro

Em 2014, em comparação com o ano anterior, esses gases puderam ser reduzidos em um ponto percentual; até 2020, a Evonik pretende cortar as suas emissões específicas de gases do efeito estufa em 12% em comparação com a produção de 2012, ano de referência da empresa. O indicador de desempenho inclui as emissões diretas e indiretas de gases do efeito estufa.

“Mais de dois terços das emissões de gases com efeito estufa são gerados não dentro das fábricas da Evonik, mas em outros lugares ao longo da cadeia de valor”, diz Guido Vornholt, da consultoria Life Cycle Management Group, responsável por documentar as emissões de gases com efeito de estufa da companhia alemã. “Ao publicar a sua pegada de carbono, o grupo não está só medindo suas emissões de gases, mas também assumindo a responsabilidade por toda sua cadeia de valor”, diz.

Nesse contexto, o CHRO da Evonik, Thomas Wessel, explica que obter sucesso econômico de longa duração e assumir responsabilidades empresariais são dois lados da mesma moeda.  Ao fazer isso, diz, a Evonik adota uma abordagem direcionada a fim de aumentar a sua contribuição para um desenvolvimento sustentável com seus produtos e processos.

“Estamos respondendo à crescente demanda dos nossos clientes por produtos que estabeleçam um equilíbrio entre fatores econômicos, ecológicos e sociais. Quando a questão é sustentabilidade, a Evonik considera toda a cadeia de valor – do fornecimento da matéria-prima à aplicação do produto”, explica o responsável global pela área de RH da empresa.

 
Exemplo das pequenas

Mas não são apenas as grandes corporações que estão preocupadas com o futuro do planeta. Três empresas da pequena cidade de Teutônia, no interior do Rio Grande do Sul, vêm dando o exemplo na região. A Cooperativa Languiru, a Serraria Travessão e a Certel Artefatos de Cimento plantarão, este ano, um total de 2.819 mudas de árvores nativas para neutralizar 563,35 toneladas de carbono.

A Cooperativa Languiru plantará 1.870 árvores para neutralizar as 374 toneladas de COâ‚‚ emitidas por sua indústria de laticínios. O presidente, Dirceu Bayer, destaca ainda outra iniciativa pioneira desenvolvida pela cooperativa na sua Unidade Produtora de Leitões (UPL) de Bom Retiro do Sul (RS): no local, aproveitam-se os excrementos suínos para produção de energia elétrica.

Os dejetos dos leitões, que antes poluíam o meio ambiente, hoje estão sendo transformados, por meio de uma tecnologia de ponta, em energia para aquecimento dos chuveiros dos próprios suínos.

De olho no carbono

Já a serraria Travessão, especializada na produção de paletes, neutralizará 167,5 toneladas de COâ‚‚ de suas atividades com o plantio de 839 mudas. “É o terceiro ano que participamos do programa, e a ideia é continuar mantendo-o, até por sermos uma empresa que necessita da madeira”, afirma o proprietário Fernando da Costa. A empresa utiliza somente eucalipto, com madeiras renováveis. “Nossos clientes estão distribuídos por todo o estado e reconhecem o esforço em compensarmos os impactos que causamos ao meio ambiente”, acrescenta o empresário.

Por sua vez, a Certel Artefatos de Cimento, responsável pela fabricação de postes de concreto e pisos intertravados, vai plantar 110 mudas para neutralizar 21,85 toneladas de COâ‚‚. De acordo, Airton Roque Kist, executivo da Certel, a indústria adota uma política de sustentabilidade, pela qual procura ser economicamente viável, socialmente justa e ambientalmente correta. “Além de trabalharmos a destinação dos resíduos, mantemos uma política de gestão de processos bem alinhada para colocar em prática esses conceitos. Assim, levamos junto a bandeira verde que a Certel carrega há muitos anos”, menciona.

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