Carreira e Educação

Tempo propício para mudanças

de Redação em 7 de janeiro de 2016

Quatro em cada cinco funcionários não estão satisfeitos com as oportunidades de carreira que a empresa oferece no Brasil. É o que revela levantamento realizado pelo site Love Mondays, plataforma na qual funcionários avaliam a empresa onde trabalham.

A consulta, realizada em abril deste ano, contou com cinco mil opiniões de profissionais cadastrados no portal no Brasil. O levantamento procurou identificar o grau de satisfação dos trabalhadores com as oportunidades de carreira que a empresa onde trabalham oferece. A satisfação foi avaliada em uma escala que variava de 1 a 5 pontos, sendo que 1 representa um profissional ‘muito insatisfeito’ e 5 ‘muito satisfeito’.

Do total de opiniões, somente 20% se mostraram satisfeitos ou muito satisfeitos com as oportunidades de carreira oferecidas. Para mais da metade dos trabalhadores (55%), o posicionamento foi ‘neutro’ e os outros 25% restantes se revelaram insatisfeitos ou muito insatisfeitos com o plano de carreira.

“O alto grau de insatisfação de funcionários quanto às oportunidades de carreira serve de alerta às empresas, já que oferecer oportunidades de progressão na carreira é um aspecto fundamental na retenção de talentos”, diz Luciana Caletti, CEO da Love Mondays. A executiva comenta, ainda, que o funcionário que vê possibilidades reais de crescimento dentro da empresa tende a ser mais comprometido e motivado, sabendo que os seus esforços serão reconhecidos com a promoção tão desejada.
 

Grau de satisfação

O estudo ainda identificou os dez cargos mais e menos satisfatórios em relação às oportunidades de carreira. Na lista dos top ten mais satisfeitos, aparecem pela ordem: consultor independente (4,85), consultor de beleza (4,44), gerente (4,07), diretor (4,01), treinador (3,85), consultor sênior e gerente (3,83), trainee e supervisor (3,80) e menor aprendiz (3,79). Na outra ponta, os que demonstram maior insatisfação são: carteiro (1,66), agente dos correios (2,02), auxiliar de serviços gerais (2,14), técnico de informática (2,22), faturista (2,30), ajudante de produção (2,31), técnico administrativo (2,32), auxiliar de escritório e técnico em enfermagem (2,33) e auxiliar de expedição (2,35).

“Os profissionais que optaram por uma carreira solo ou que ocupam cargos mais estratégicos mostraram que estão mais felizes com o plano de carreira. Da base, apenas trainees e menor aprendiz apontam satisfação”, comenta Luciana.

Profissional inquieto

Talvez essa constatação da Love Mondays leve ao resultado de outra pesquisa, esta, por sua vez, realizada pelo site Inquietaria, em maio de 2015, com 186 entrevistados brasileiros. O levantamento mostrou que 79,6% dos entrevistados estão trabalhando no momento, mas que 87,1% pensam em projetos paralelos constantemente.

De acordo com o estudo, quando questionados se pretendem fazer projetos fora do mercado atuante, 38,2% dos brasileiros afirmaram que já têm planos em mente e 20,4% querem, mas não têm planos. Além disso, 15,6% disseram que gostariam de trabalhar em outros projetos, porém, não têm tempo disponível e 16,1% responderam que não têm recursos suficientes para executar seus planos. Somente 5,9% afirmaram estar realizados apenas com o trabalho atual.

Para colocar os sonhos em prática, 94,6% dos entrevistados disseram buscar por informações para fomentar suas ideias. O meio digital é a maior fonte de informação: 91,4% disseram procurá-la em sites e 77,1% em redes sociais. Os conselhos também ainda são significativos: amigos e familiares vêm em terceiro, com 57,7%, seguidos de palestras, com 53,7%. Já os meios impressos e a TV figuram no fim desta lista: as revistas tiveram 41,1%, sucedidas dos livros de empreendedorismo (30,9%), jornais (27,4%) e por fim, a televisão (17,7%). Os respondentes tiveram a opção de selecionar mais de um meio.

+ entrevistados 
O site Inquietaria, ligado ao portal de vagas 99jobs, é uma plataforma para os profissionais que o site chama de “inquietos” – aqueles que buscam oportunidades de trabalho em áreas distintas daquelas em que atualmente trabalham, levando em conta a qualidade de vida.

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